O professor Hildeberto Pereira de Araújo, de 45 anos, anunciou, em comunicado aos veículos de comunicação, que vai processar a companhia aérea Gol Linhas Aéreas. Ele e seu sobrinho, um bebê de 1 ano e 3 meses, caíram da escada de desembarque do voo 1718, em Teresina, às 11h30, no 12 de março. O voo era de Brasília a Teresina.
Com nacionalidade dupla do Brasil e Canadá, Hildeberto Pereira de Araújo informou que vai processar a Gol por danos morais, financeiros e lesão corporal.
O Jornal Meio Norte enviou a denúncia de Hildeberto Pereira de Araújo para a Assessoria de Comunicação da Gol Linhas Aéreas, que disse ter recebido a mensagem e iria checar e dar uma resposta após às 17h de terça-feira.
“É uma negligência criminosa cair de uma escada dessas. O bebê poderia ter morrido, eu poderia ter ficar paraplégico. Estou fazendo tratamento médico. O ligamento da patela do meu joelho arrancou um pedaço do osso. Inicialmente estou fazendo um tratamento conservador com 30 sessões de fisioterapia e depois avaliar se vou precisar cirurgia”, falou Hildeberto de Araújo.
Hildeberto Pereira de Araújo declarou que chovia no momento da aterrissagem e que havia poças de água na escada de desembarque.
Ele disse que estava com o sobrinho no colo e caiu, após dar o primeiro passo na escada. Ele ainda tentou segurar no corrimão, mas o apoio também estava molhado.
Hildeberto Pereira falou que, após a queda, seu sobrinho chorou muito, mas não foram vistos ferimentos aparentes na no bebê.
O professor Hildeberto Pereira relatou que sofreu uma lesão no joelho e deve passar por cirurgia.
“Peguei minha mochila e o bebê no colo e me preparei para o desembarque. Ao sair do avião me depararei com uma escada de desembarque, ainda do modelo antigo, sem cobertura para chuva, nem piso antiderrapante. A escada se encontrava supermolhada, apresentando muita concentração de água. O primeiro passo foi com o pé direito. No momento do segundo passo, segurei o corrimão com a mão direita, mas percebi que este se encontrava também liso, o que me levou a cair com meu bebê na mão. Só parei no chão com a perna direita fletida para o lado de fora em relação ao eixo corporal na escada. No momento ouvi um barulho de estalo. No momento que eu estava no chão, um funcionário aproximou e perguntou se eu precisava de ajuda para me locomover. Eu comentei que eles deveriam ter tido mais cuidado com a escada. O funcionário não reagiu, não me ajudou e se afastou. Eu sai mancando, com muita dor e tentando acalmar o bebê que foi chorando até a sala de bagagem, e depois ficou com um choro contido. Em momento nenhum, alguém da companhia aérea, seja na pista, no desembarque ou mesmo na sala de despacho de bagagem, veio se informar sobre o acidente, saber como estávamos ou oferecer nos levar a um hospital”, falou Hildeberto Pereira.
meionorte.com/Efrén Ribeiro