Tribunal do Júri julga acusado de matar a ex-companheira com 16 facadas

Está acontecendo desde às 8h desta terça-feira (5) o julgamento do acusado de cometer feminicídio contra a ex-companheira, em maio do ano passado, no bairro Santa Fé, zona Sul de Teresina. Samuel Lucas é acusado de ter assassinado com dois tiros e golpes de faca Gisleide Alves dos Santos, de 36 anos, dentro da residência da vítima. 

O júri popular acontece no auditório do Tribunal do Júri, na capital, sob a presidência do juiz Robledo Moraes Peres de Almeida. O promotor do caso é João Malato e a defesa é representada pelo defensor Dárcio Rufino.

Dárcio Rufino afirmou em depoimento que o acusado, que é réu confesso, desferiu dois tiros contra a vítima, um deles na cabeça, e depois ainda a golpeou com varias facadas. A tese da defesa é que ele cometeu o crime de forma “violenta e descontrolada e que deve ser julgado de forma diferente por isso”.

“Ele sempre foi carinhoso com a vítima, há vários depoimentos que comprovam isso. Essa é uma informação que se repete nas falas das testemunhas. O que aconteceu foi que em um momento de explosão, uma neurose, um ato de desespero, ele cometeu o crime. Não estou diante de um agressor contumaz, mas uma pessoa momentamente acometida por uma neurose compulsiva de cometer um crime”, disse o defensor durante sua defesa oral.

“Não estou dizendo que ele é doente mental, mas que agiu acometido por uma perturbação mental. Não estou dizendo que ele não cometeu o crime, a defesa em momento nenhum alega isso, sei que ele é um criminoso e violento, mas peço aqui uma diminuição de pena, porque ele não tinha condição em razão da perturbação mental de ter se controlado e não ter matado a vítima”, acrescentou.

O réu preferiu se manter em silêncio durante a sua oitiva. As cinco testemunhas de acusação foram ouvidas e as duas da defesa foram dispensadas antes de prestarem depoimento.

Entenda o caso

As informações prestadas pela polícia na época do crime dizem que o casal havia se conhecido pelas redes sociais. Samuel,  que era recém chegado de São Paulo(SP), foi preso dias após cometer o crime em uma barreira na PI-130, saída para Nazária. O filho de Gisleide, que tem 19 anos, foi quem encontrou a mãe morta.

Flash Lyza Freitas
redacao@cidadeverde.com

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here