‘Se essa rua fosse minha, mandava ladrilhar’, canta Crivella, ao lançar obra perto de onde mora, na Barra

Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio

Marcelo Crivella no lançamento de pedra fundamental de obra na Barra — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

O prefeito Marcelo Crivella lançou na manhã desta quinta-feira (6) a pedra fundamental de obra na Barra da Tijuca alvo de polêmica semanas atrás. A segunda fase de remodelação viária vai abrir um atalho na região, favorecendo quem mora na Península – sub-bairro onde o prefeito tem apartamento.

“Essa rua não é minha. Se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar!”, cantarolou Crivella

O prefeito também comentou a intenção do Ministério Público Eleitoral de pedir sua cassação. “Vai ser em pouco tempo varrida para o lixo da história”, rechaçou.

Atalho

A obra que começa nesta quinta-feira – e vai durar seis meses – vai abrir uma via alternativa para quem sai da Barra para a Avenida Ayrton Senna. A primeira fase, realizada há cerca de um ano, criou um caminho para quem desejava chegar da Avenida das Américas ao Shopping Via Parque e ao posto do Detran, na Península.

Orçado em R$ 2,7 milhões, o projeto foi contestado por moradores, que diziam ser desnecessário e que favoreceria exclusivamente o prefeito. Crivella frisou que se trata de uma obra importante, desejo antigo de muitos moradores, e que vai ajudar a desafogar o trânsito na região.

“No período das 16h às 19h, o movimento é grande, e o motorista perde uma hora no engarrafamento. É um investimento importante para melhorar o trânsito da cidade”, disse Crivella.

Local da nova via que vai ser aberta na Barra, a poucos metros do condomínio Península — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

Uso de máquina pública

Sobre a recente denúncia do MP, Crivella disse se tratar de “dilúvios de ódio e paixão da política”. Promotores eleitorais afirmam que o prefeitofez uso da máquina pública em campanha para a candidatura de seu filho, em evento na Cidade Nova, e também citaram a reunião em que Crivella oferecia vantagens a evangélicos – o caso “Fala com a Márcia”.

Crivella alegou que denúncias e pedidos de cassação fazem parte da vida política. “Não é a primeira vez nem será a última. São dilúvios de ódio e paixão da política. Vamos enfrentar com paciência e tolerância”, afirmou.

O prefeito também considerou um absurdo a preocupação do MPE com a movimentação dos veículos e funcionários de diversas regionais da Comlurb que foram a reunião de campanha de seu filho, Marcelo Dodge Crivella, na quadra da escola de samba Estácio de Sá.

“Isso é uma coisa absurda, uma bobagem. O Ministério Público deveria estar preocupado com a Transcarioca. Isso não tem o menor sentido. Das bobagens que já ouvi, talvez essa seja a mais ilustrada de todas”, disse Crivella, sem explicar o motivo de a Transcarioca se motivo de preocupação.

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