Livro de Hugo Napoleão traz novas facetas da vida de JK

Uma das mais expostas das personalidades públicas brasileiras, o ex-presidente Juscelino Kubitschek será tema de um novo livro, desta vez do ex-senador piauiense Hugo Napoleão do Rego Neto. Hugo foi muito próximo da família JK e integrou o grupo de advogados que defendeu Juscelino já no período da ditadura, quando o ex-presidente se tornou um dos alvos do novo regime. O livro Eu Fui Advogado de JK será lançado em Teresina no próximo dia 4 de dezembro, trazendo novas facetas de um dos mais carismáticos políticos da história do Brasil.

Juscelino tem a vida muito bem documentada. A começar por ele mesmo, que escreveu uma ampla autobiografia. JK também nunca descuidou de registrar seus passos como gestor, seja como prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas ou presidente da República. Cada passo que dava em Brasília tinha o registro em fotos e filmes. Também são fartos os registros da vida social do “presidente Bossa Nova”, que não se furtava de deixar ver em bailes dançantes ou mesmo em serestas.

Hugo Napoleão traz agora novas facetas da vida de JK. E traz relatos a partir da observação direta, como participante de muitos episódios da trajetória do ex-presidente. Vale lembrar, o pai de Hugo, o embaixador Aluízio Napoleão, era amigo de Juscelino. Foi chefe de Cerimonial da Presidência da República no mandato do filho de Diamantina: o cargo, sempre reservado a um diplomata, soube a Dr. Aluízio, que também é uma lenda no Itamaraty.

Dessa forma, Hugo naturalmente se tornou próximo da família. Tanto que foi fonte para a Rede Globo quando a emissora dos Marinho decidiu fazer uma minissérie sobre o mineiro. Em certo momento da minissérie, JK se dirige a uma das filhas e diz: “Vá dançar com o Huguinho”. A reverência era a Hugo Napoleão, que ao seu estilo também encantava as plateias. Agora, é a filha Maria Estela Kubitschek que assina o prefácio do livro sobre o pai.

Momento difícil da vida de JK

O livro de Hugo Napoleão faz parte da coleção “Memórias do Parlamento”, da editora CEAT. Nele, Hugo não faz um relato da própria vida, mas de um momento em particular que viveu, exatamente quando iniciava na vida pública – e como advogado de JK. Foi um período particularmente difícil da vida do ex-presidente, perseguido em plena ditadura, que se esforçava em fazer um linchamento moral de seus principais adversários.

Hugo tem um papel importante nesse momento, em contato permanente com Juscelino. Traz relatos desses encontros e também contextualiza os fatos com referências ao momento histórico e às movimentações de todo o grupo de advogados de defesa. Dessa forma, o livro de Hugo traz luzes importantes sobre a nossa história, mesmo falando de um político que sempre esteve sob os holofotes – inclusive por gostar muito de se mostrar para as luzes.

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