Expoapi: associação contesta interdição e afirma que animais estão saudáveis

A Associação Piauiense dos Criadores de Zebu também se manifestou contra a interdição do Parque de Exposição Dirceu Arcoverde, que poderá adiar a Expoapi 2019, prevista para ocorrer no final de novembro. O presidente da Associação, André Nogueira, contestou a situação e afirmou que todos os animais no local tiveram exames negativos para a doença Mormo. “Isso, para mim, descarta a possibilidade de um foco no Parque de Exposição”, diz.

“Nós ficamos surpresos. Primeiro pela forma como foi feita essa interdição. Na minha concepção foi muito premeditada, atropelando os fatos. Alguns animais que estão no parque entraram no local com exames e foram repetidos logo após acontecer um caso detectado na Universidade Federal. Todos os exames, nesta segunda etapa,  também deram negativo para Mormo e anemia”, explicou André Nogueira.

Inclusive, André Nogueira contestou a declaração da secretária do Agronegócios, Simone Pereira. Ela comentou na quinta (12) que a Expoapi não será cancelada. No entanto, poderá ser adiada.  A declaração da secretária foi dada logo após o anúncio de interdição do espaço pela Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) devido a passagem de um animal com Mormo em junho deste ano no local. O animal já foi sacrificado.

“Sou a favor das medidas sanitárias, mas também não podemos associar o fato de um caso que aconteceu fora do Parque de Exposição com a Expoapi. Os animais que estão no parque tem exame negativo para a doença. Portanto, o que a gente espera agora é ‘baixar a poeira’ e trabalhar para ter uma Expoapi muito maior que as anteriores”.

CRMV

O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária no Piauí, o veterinário Anísio Ferreira Lima, também se manifestou sobre o caso. Em nota, Anísio Lima destacou que a situação precisa ser resolvida com coerência, sem extremismos e com diálogo. Além disso, contestou a presença de animais alojados no parque, que deveria receber apenas para exposição. Isso porque no Parque de Exposições há quase 50 cavalos alojados o que, ao ver do CRMV, não deveria ser permitido.

“Devemos ser coerentes. Defendemos o vazio sanitário.  Ambientes para exposição agropecuário não devem ser espaços para co-habitação, agindo com bom senso, coerência e garantindo a sanidade dos animais e em pessoas. Esta é a posição do CRMV-PI, nunca levando ao extremismo colocando o diálogo como mecanismo ideal para solução de desafios”, disse em nota.

Carlienne Carpaso (com informações do Jornal do Piauí)
carliene@cidadeverde.com 

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