A crise hídrica vivida pelo Piauí e as viagens do governador em aeronaves dominaram as discussões na segunda parte do 1º bloco do debate Cidade Verde. O embate ficou mais acirrado quando Fábio Sérvio questionou Wellington Dias sobre a operacionalidade do Samu Aéreo.
“Não temos mais o Samu aéreo, entretanto, o senhor tem uma frota alugada de aeronaves. Seu custo com aviões alcançou R$ 15 milhões. Seria suficiente para construir 7 aeródromos para pousar esse Samu que o senhor disse que funciona. Quando o senhor fala em assistência está camuflando a situação da Evangelina Rosa”, disparou Sérvio.
Wellington rebateu dizendo que faz as viagens que qualquer governador faria, e não só no Brasil, mas pelo mundo. “Fiz as viagens necessárias na condição de governador, tratando de temas do Piauí e dos municípios. Não temos ainda uma rede de aeroportos, mas estamos tratando e já temos em São João do Piauí, Floriano. O objetivo é garantir a descentralização da saúde”, respondeu, garantindo que o Samu aéreo funciona sim.
Fábio Sérvio, já em confronto com a candidata Sueli Rodrigues, afirmou que o povo do Piauí ainda passa sede e lembrou que o Estado entra em crise hídrica. “É a maior indústria do Piauí: a industria da seca”, disse. O candidato declarou ainda que o Piauí possui 17 barragens com risco de rompimento.
Sueli retrucou falando que ainda se vive na época do carro-pipa e citou que Sérvio defende o agronegócio.
Luciano Nunes e Elmano Férrer também mantiveram uma tabelinha para criticar o governador. O tucano, por exemplo, disse que o Piauí é o estado muito endividado. “Foi o governo que mais contraiu empréstimo, mais endividou o Estado. O Piauí não tem obras estruturantes, pois prefere pulverizar com seus aliados políticos. Não há planejamento e compromisso com o governo do estado”, afirmou.
Elmano respondeu dizendo que os problemas decorrem da falta de gestão. “Isso afeta o compromisso do governo com a sociedade. O nosso compromisso é com as pessoas, com gente”, afirmou.
Hérlon Moraes
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