A Competência nem sempre faz a diferença, pelo menos na política

Deputado Federal Júlio César – PSD.
Na política, nem sempre os resultados e a competência da pessoa são fatores levados em conta, tanto pela própria população quanto pelos chefões políticos. Às vezes, o sujeito é atuante, está fora de escândalos de corrupção [é importante destacar isso] e gera resultados, mas o fato de não ser carismático faz o povo rejeitá-lo. Em outros casos, a pessoa até é carismática, o povo gosta, mas também é barrado de algum modo.
No Piauí, temos exemplos para cada uma dessas situações. Os dois na base do governador Wellington Dias (PT). Um deles é o deputado federal Júlio César (PSD). Aliás, o título deste texto é baseado no slogan de campanha dele em 2014. Só que lá era “a competência faz a diferença”. Aqui, vamos mostrar que, em dadas situações na política, não é bem assim.
Júlio César é um dos deputados federais mais atuantes no Congresso Nacional, com uma bandeira de luta municipalista extremamente importante. Conhecedor de números e de economia como poucos parlamentares federais no Brasil, inclusive com publicações respeitadas nessa área, ele é um expert em assuntos de arrecadação pública, repasses constitucionais, pacto federativo, orçamento público, contribuições, etc.
O deputado tem sido um fiscal no sentido de garantir repasses constitucionais que muitas vezes a União deixa de passar para Estados e municípios. Quem é prefeito, sabe da importância disso. Além disso, Júlio César foi crucial na aprovação de lei de renegociação de dívidas dos trabalhadores rurais, que só no Piauí beneficiou mais de 120 mil agricultores, abrindo crédito e oportunizando aos pequenos rurícolas mais capacidade de investimento.
No entanto, assuntos voltados para “renegociação de dívidas”, “Pacto Federativo”, “repasses constitucionais” não são entendidos pela maioria da população, apesar de ser diretamente beneficiada com isso. As pessoas e a maior parte dos políticos dão valor a obras que ficam diante dos nossos olhos. Na política, convencionou-se apenas mostrar obra, mesmo que seja de quinta categoria ou que beneficie número reduzido de pessoas.
A importância da atuação de Júlio César, que ajuda não só o Piauí, mas municípios do país inteiro, não é reconhecida como a daquele deputado que consegue asfalto para uma dada região. Júlio tenta conseguir uma vaga na chapa majoritária do governador Wellington Dias (PT), mas esbarra em obstáculos. Por não ser um “entregador de calçamento” e nem tão fotogênico como alguns outros, ele não encontra vida fácil para convencer o governador.
Vice-Governadora Margarete Coelho – Progressistas.
O outro exemplo é Margarete Coelho (Progressistas), atual vice-governadora. Ela foi a primeira mulher a ocupar esse cargo na história do Piauí e honrou o posto. É preciso reconhecer que a sertaneja de São Raimundo Nonato deu um protagonismo à vaga de vice como nunca antes foi dado. Mostrou trabalho e envolvimento que lhe permitiram não ser mera coadjuvante, como se convencionou ao longo da história da vice-governadoria.
Além disso, Margarete tem carisma, apelo popular, inteligência e competência. No entanto, nada disso foi relevante para que ela pudesse ganhar a permanência na chapa do governador. Mesmo com todos esses fatores, perdeu a vaga para, muito possivelmente, Themístocles Filho (MDB). É isso mesmo! Para o senhor presidente da Assembleia do Piauí. A situação evidencia que, ser competente e mostrar resultado é o que menos importa na política piauiense. Essas credenciais são negligenciadas por quem tem poder de decisão.
No Piauí da política do vale tudo, a competência vale bem pouco!
Fonte – Politica Dinâmica (Coluna – Gustavo Almeida).
Fonte – Foto Margarete Coelho – Cidade Verde.
Fonte – Deputado Júlio César – Guadalupe Agora.

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