Análise: Corinthians chega ao mata-mata com força defensiva recuperada

Por Marcelo Braga, São Paulo

 

Mesmo com várias mudanças no time, a vitória do Corinthians por 2 a 0 contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, manteve a solidez defensiva reconquistada a partir do momento que abandonou o 4-1-4-1 e passou a jogar com dois volantes, no 4-2-3-1 e, depois, no 4-2-4.

  • Nos sete primeiros jogos de 2018, a equipe havia sofrido seis gols;
  • Do jogo contra o RB em diante, a equipe sofreu dois gols em seis jogos.

– É a marca do Corinthians, ter uma defesa sólida. Mas temos de procurar melhorar a cada dia – destacou o técnico Fábio Carille, na noite de domingo.

A recuperação defensiva do Timão se deu por vários motivos:

  • Carille soube enxergar o jogo e não se apegou a ideias que não davam certo;
  • time evoluiu sua parte física com a sequência de jogos;
  • Gabriel deixou de ficar sobrecarregado ao lado de outro volante (Renê Jr ou Maycon);
  • Henrique entrou bem no time e se entrosou muito bem com Balbuena;
  • Juninho Capixaba, em baixa, foi bem substituído por Maycon e, depois, Sidcley.

Na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, Cássio quase não foi ameaçado. Organizada, a equipe alvinegra conseguiu passar ilesa aos muitos cruzamentos feitos pelo time de Ribeirão – o que, há algum tempo, vinha sendo um problema. Fora isso, não houve muita ameaça no Santa Cruz.

Se já se encontrou defensivamente, na frente o time ainda se ajusta. Em Ribeirão Preto, sem Clayson, Jadson e Rodriguinho (os jogadores mais técnicos do time), o esquema 4-2-4 não deu certo. Num primeiro tempo ruim (pelo calor e desentrosamento), o time pouco atacou.

Carille então fez um ajuste após a parada técnica, colocando Sheik mais à frente num 4-1-4-1, que virou 4-2-3-1 na etapa final. O time melhorou e, na segunda etapa, com menos sol e menos erros, fez 1 a 0. Henrique roubou uma bola, armou um ataque, foi para a área e fez o gol de cabeça.

Carille manteve o 4-2-3-1, mudando alguns nomes. Lucca, em mais uma noite ruim, deu lugar a Danilo, que centralizou (ele também não entrou bem). Por outro lado, Pedrinho mostrou que precisa ser mais utilizado, mesmo que por poucos minutos. De seu pé saiu o lance do segundo gol, em enfiada para Gabriel, que apareceu na frente com liberdade e marcou um golaço, de cobertura.

A vitória mostra que o 4-2-4 sem atacante de referência só funciona se houver um meio-campo bastante forte, o que o Timão geralmente tem com Rodriguinho e Jadson. Mostra também, por outro lado, que é possível vencer de outras formas, como no 4-2-3-1 utilizado no fim.

A boa notícia é: o Corinthians chega ao mata-mata do Paulistão forte atrás e com alternativas na frente. Antes, porém, pega o misterioso Deportivo Lara, da Venezuela, quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), pela Libertadores.

globoesportes.com

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here