Aloysio Nunes e Paulo Vieira de Souza são alvo da 60ª fase da Lava Jato

Por Isabela Leite, da GloboNews e G1PR — Curitiba

PF faz operação para apurar esquema de lavagem de dinheiro em mais uma fase da Lava-Jato

 

A Polícia Federal faz nesta terça-feira (19) a 60ª fase da Operação Lava Jato, denominada “Ad Infinitum”. Paulo Vieira de Souza, operador financeiro ligado ao PSDB, foi preso em São Paulo e levado para Curitiba. A PF também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-senador pelo PSDB Aloysio Nunes Ferreira Filho.

A PF também cumpre 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo. Além dos mandados, foram bloqueados ativos financeiros dos investigados. A operação é feita com base em depoimentos de doleiros e funcionários da Odebrecht em fases anteriores da Lava Jato.

As transações investigadas superam R$ 130 milhões, que correspondiam ao saldo de contas controladas por Paulo Vieira de Souza na Suíça no início de 2017.

O G1 enviou mensagem e tentou ligar para André Gerheim, advogado de Paulo Vieira de Souza, mas ele não respondeu nem atendeu a ligação. Paulo Vieira de Souza já foi indiciado em outras fases da Lava Jato.

Segundo as primeiras informações divulgadas pela PF, o objetivo da operação é apurar um complexo e sofisticado método de lavagem de dinheiro envolvendo repasses milionários ao chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. O esquema investigado operou entre 2010 e 2011, para que a empreiteira desse dinheiro a campanhas eleitoras e pagasse propina a agentes públicos e políticos no Brasil.

O nome da operação remete ao fato de o caso parecer tratar de mais uma repetição do modo de atuação de alguns integrantes da organização criminosa, remetendo a um ciclo criminoso que nunca termina.

Ao todo, 46 agentes da PF cumprem os mandados em dez locais, nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto, Guarujá e Ubatuba, todas em São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba-PR. A operação é feita em cooperação com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here