1 ano do caso Marielle e Anderson: lembre 12 declarações que marcaram o período

Por Matheus Rodrigues e Jorge Soares, G1 Rio

G1 reúne 12 declarações marcantes do caso Marielle e Anderson

Exatamente há um ano, em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram executados. Em 12 meses, centenas de declarações foram dadas sobre o caso. O G1separou 12 delas que marcaram a trajetória do crime: a execução, a investigação e a dor dos parentes.

Só na terça-feira (12), após quase um ano, os primeiros suspeitos pelos homicídios foram presos: o sargento reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz. Uma segunda fase da investigação ainda continuará, com a intenção de responder, entre outras questões: quem mandou matar Marielle?

Ao longo desse ano, foram investigadas diferentes versões, mas poucas respostas concretas foram dadas. Familiares, amigos, políticos e a imprensa cobravam explicações, mas as autoridades pouco informavam sob a justificativa de que o caso estava é sigiloso .

12 declarações sobre o caso Marielle

Anielle Franco – irmã Marielle Franco, em 15 de março de 2018:

“A gente já fez o reconhecimento. Infelizmente ela foi brutalmente assassinada. Não era pra ser assim, não tinha necessidade de ser assim. Foi um ato covarde”.

Anielle Silva, irmã de Marielle — Foto: Marcos Serra Lima/G1

Ágatha Reis – viúva de Anderson Gomes no dia 18 de março de 2018:

“Eu acho que o Anderson merece não ser esquecido. Se ele de alguma forma puder fazer diferença. Se a morte dele mudar qualquer coisa que seja vai ter um significado, uma importância. É luta sempre. Tem um caminho, tem uma solução. Não é possível que a gente vai ficar abandonado para sempre.”

Agatha Arnaus Reis e Anderson — Foto: Arquivo pessoal

Marcelo Freixo – então deputado estadual, em 20 de março de 2018:

“ O crime contra a Marielle é um crime contra a democracia. E quando se afronta a democracia, o Estado tem que responder por isso.”

Marcelo Freixo carregou placa com o nome de Marielle Franco no desfile da Mangueira; ela era amiga e assessora do deputado — Foto: Rodrigo Gorosito / G1

Homero Freitas – promotor de Justiça, em 20 de março de 2018:

“Tem que ter um pouco de paciência porque é uma investigação muito complexa. A dificuldade é muito grande. Poucas câmeras, mas a coisa está andando.”

Raul Jungmann – então ministro da Segurança Pública, em 16 de abril de 2018

“Uma das possibilidades é de que tenha sido um crime ligado a milícias.”

Ministro Raul Jungmann — Foto: Guilherme Mazui/G1

General Braga Netto – então interventor federal, em 13 de junho de 2018:

“A investigação está indo muito bem. Está indo bem. Nós estamos buscando no caso as provas. No mais, nada a declarar. Não vou adiantar nada para os senhores.”

General Braga Netto, que foi interventor da segurança do RJ — Foto: Reprodução/TV Globo

Mônica Benício – viúva de Marielle Franco, em 13 de setembro de 2018:

“A minha luta sobretudo é que a gente chegue a um resultado de investigação, mas o resultado correto, inclusive. Que não seja dado qualquer resultado para que nos entregue alguma coisa e dê o caso por encerrado.”

Mônica Benício exibe tatuagem em homenagem a Marielle Franco — Foto: Marcos Serra Lima/G1

Marcelo Siciliano – vereador investigado, em 15 de dezembro de 2018:

“Não tenho participação nenhuma nisso. Tão querendo matar outro vereador com o mesmo tiro que matou Marielle. Ninguém mais do que eu quer a transparência disso.”

Vereador Marcello Siciliano — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Wilson Witzel – governador, em 12 de janeiro de 2019:

“A informação que eu tenho é de que eles [os investigadores] estão próximos da elucidação do caso e, evidentemente, da prisão daqueles que estão envolvidos e que talvez isso aconteça até o final desse mês.”

Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel — Foto: Erbs Jr./Framephoto/Estadão Conteúdo

Fernanda Chaves – assessora de Marielle, em 10 de março de 2019:

“A Marielle despertava ódio nos machistas, nos racistas. Tinham alguns vereadores que se incomodam de ter uma mulher favelada, negra, lésbica naquele espaço. Tinha gente que não gostava de entrar no elevador com a Marielle ou parte da assessoria dela.”

Fernanda Chaves, assessora de Marielle Franco, estava no carro e escapou do atentado — Foto: Reprodução/TV Globo

Giniton Lages – delegado, em 12 de março de 2019:

“O fato é: os dois estão presos. Se o terceiro está no banco do carona ou não, a segunda fase cuidará dele.”

Delegado Giniton Lages durante entrevista após a prisão de dupla acusada de matar Marielle e Anderson — Foto: Reprodução/TV Globo

Antonio Francisco – pai de Marielle, em 12 de março de 2019:

“Se eles tiveram a intenção de calar a Marielle, eles conseguiram. Mas não conseguiram calar nós que ficamos aqui para defender o legado de Marielle.”

Antonio Francisco, pai da vereadora Marielle — Foto: Bruno Albernaz / G1

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